Study of economic viability of the Aloe vera L. culture
Dionizio Bernardino Bach2, Marcos Aurélio Lopes3
(Recebido em 26 de abril de 2006 e aprovado em 16 de março de 2007)
Babosa é o nome popular dado a uma planta africana
pertencente à família das Liliáceas e do gênero Aloe, à qual
pertencem mais de 300 espécies, muitas delas utilizadas
em vários países, inclusive no Brasil, para fins medicinais
e na cosmética. Dentre as espécies existentes, as mais
conhecidas são: Aloe socotrina, Aloe arborescens, Aloe
chinensis, Aloe ferox e Aloe vera, sendo essa última, a
mais estudada pelas indústrias alimentícia, farmacêutica,
cosmética e fitoterápica. Ela também é conhecida como
Aloe barbadenses, por crescer, espontânea e
abundantemente, na ilha de Barbados.
O interior de suas folhas é constituído de um tecido
parenquimático rico em polissacarídeos (mucilagem), que
lhe confere uma consistência viscosa (baba), de onde
surgiu o nome de babosa. Nessa mucilagem ou gel
encontram-se seus princípios ativos, que são constituídos
de tecidos orgânicos, enzimas, vitaminas, sais minerais e
aminoácidos, dentre os quais 18 são importantíssimos para
o homem, e desses, sete pertencem aos oito não
sintetizados pelo nosso organismo.
Além desses componentes, a babosa possui
um polissacarídeo chamado acemannan, que,
comprovadamente, é um extraordinário imunoestimulante,
já comprovado nos Estados Unidos pela FDA (Food and
Drug Administracion). Na sua casca, encontra-se a seiva
que é rica em aloína, alantoína e antraquinonas, que são
excelentes cicatrizantes, porém, seu uso interno tem efeito
catártico e para algumas pessoas pode afetar os rins, motivo
pelo qual a casca da babosa ou sua seiva não devem ser
usadas internamente (CREA, 1995).
O uso terapêutico da babosa, data de milhares de
anos, desde os povos antigos, como gregos, judeus,
egípcios, árabes, africanos, europeus e, mais recentemente
povos do continente americano (HEDENDAL, 2001).
A literatura é vasta e com afirmações contundentes sobre
o poder curativo da babosa e suas aplicações na cosmética,
daí o porquê, de sua importância econômica, pois suas
propriedades vão ao encontro de dois fatores fundamentais
do ser humano, e sua qualidade de vida; a saúde e a estética
(vaidade).
Se por um lado os brasileiros não estão
familiarizados com o uso da babosa, além das tradicionais
receitas caseiras para uso capilar; por outro, os europeus,
os japoneses, os russos, os mexicanos e americanos, além
de outros povos, usam a babosa corriqueiramente,
inclusive como saladas, no Japão e no México. Nesses
mesmos países, vários cientistas têm dedicado seu tempo
na busca de descobertas ou confirmações dos poderes de
cura da babosa para muitas enfermidades, principalmente
aquelas de origem degenerativa, como é o caso do câncer,
psoríase, leucemia, lúpus etc... (STEVENS, 1999).